segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Dia 3 - Harleys, O fusca em 2 rodas.


Here We go again....
Acordamos bem cedo hoje para tomarmos cafe.
O Nery, que já sabíamos que não acompanharia-nos, se juntou a nós para o café e só pra variar, explorou mais alguns fatos a respeito de nossos colonizadores.
O dia seria corrido, pois o fato de não dormirmos em São Borja nos atrasou um pouco. Entretanto, seriam alguns kms a mais apenas.
Desejamos sorte ao Nery neste retorno para casa e com certeza sentiremos falta de sua presença nesta viagem.
Seguimos em direção à São Borja.
A viagem foi bem tranqüila até a entrada para a Argentina quando de repente, o Luis pára no acostamento em frente à churrascaria O Crioulo com algum pau em sua moto; Harley.
Todos paramos e fomos ver o que havia ocorrido e pudemos constatar que foi o cabo do acelerador que havia se rompido. Lá vamos nós de novo. A viagem é como kinder ovo, todo dia uma surpresa nova.
Saímos atrás de um mecânico para podermos seguir viagem e achamos um, o Gerson, especialista em Harley-Davidson, pois tinha várias fotos, posters e já havia ouvido falar a respeito.
Eu e o Chiquito já chegamos com o diagnóstico do problema: " Tem cabo de acelerador aí ? ".
O Gersão respondeu :
- Bah tche, mas sim têm! Qual tamanho que precisas ?
Indicamos o tamanho e Murphy nos contemplou com sua presença. Obvio que não tinha.
Mas como nosso mecânico não era qq um e sim o Gerson, o camisa 10, ele já nos indicou uma solução:
- Bah tchê ! Vamos colocar um cabo de bicicleta, acredito que dá !
Diagnosticado o problema, o Gersão foi comprar o cabo de bicicleta enquanto eu e Chiquito seguimos à procura de uma bandeira do Brasil que há tempos eu namorava, após dias vendo a do Chiquito trêmula durante a viagem, fiquei com inveja.
Saímos em São Borja e após vasculharmos a cidade foi possível achar uma num tamanho legal em uma papelaria.
Quando voltamos para encontrar o Luis e o Ricardo, a moto já estava consertada pela fortuna de R$20. Uma vez consertada a fatboy seguimos em direção à Argentina.
Bom, as estradas Argentinas estão em outro nível, tapetões e retas intermináveis. Tão boas e retas que chegavam a entediar.
A paisagem extremamente árida e o clima estava muito seco. A visão das estradas eram interessantes, porque as planícies iam até onde a vista alcançava e os campos uniformes em suas cores.
Após o meio dia, o sol judiou muito e haja água para beber.
Éramos um nuvem de terra em cima da moto. Os ventos eram fortes e podíamos ver a inclinação na moto da frente durante um longo período.
Fomos até Federal neste dia. Chegando em Federal, mais uma surpresa, o pneu da minha moto furou. Dá-lhe "gomeria".
O furo no pneu da moto do Nery no sábado serviu de aprendizado e o reparo fui muito mais rápido. A roda foi retirada rapidamente para ser levada ao Gomeiro.
Chegando no "gomeiro", para minha surpresa, não havia prego, mas sim um furo na camâra. Perguntei ao gomeiro:" ¿ Que passó carajo ?
Ele disse;
-andale andale andale...
Disse não entender, e ele respondeu :
-andale andale andale...

Coincidentemente, esta era a única frase que ouvia na Argentina...ou melhor, que eu entendia....igual ao desenho do Snoop com sua professora.
Dormimos num quarto 1/10 de boca. O banheiro era péssimo e de Federal, a cidade só tinha o nome.

Inté amanhã !

Um comentário:

  1. Raxide, não esqueca o famoso "qué te cuentas".

    Cara, já te falei. Se tivesse com uma kansas, qualquer fio dental (ou hilo dental, como dizem), serviria de cabo de aceleraçã.
    E a trilha sonora, como anda?
    Abraçã
    Danzig

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