Acre ? Só conhecia no mapa ....pois é, ele existe !
Dia D, da Madre D Dios.
Logo de manhã, insuportáveis 32 graus. Eu sei que não parece muito quente, mas adicione os equipamentos e roupas de motos sobre você...
Fomos ao encontro das balsas que nos levaria ao outro lado do rio, pois a ponte na Inter-Oceânica ainda não esta pronta. Pra falar a verdade, os relatos acerca da travessia são muito mais exagerados do que ela realmente é. Sem dúvida é um momento tenso, pois a infra-estrutura para subir e descer da balsa é precária e imaginei aquilo em dias de chuva, somados
aos caminhões, balsas transportando areias, caminhonetes e etc.
Chegamos à temida e fomos entrando como de praxe. Escutei o Chiquito gritando lá de trás : Escolha a grande ! Escolha a grande !
Tarde demais, o Afrânio já havia embicado a moto na balsa pequena, numa pirambeira de barro onde acabava de descer uma "Belina" carregada de coisas e pessoas para encarar a balsinha.
Quando vi aquilo pensei: Moleza ....
Moleza foi ver a Belina descendo, porque ajudar o Afrânio a manobrar a moto pra subir debaixo dos 35 graus não foi nada moleza .....10km de corrida não era equivalente a 30 seg. empurrando aquela moto.
E foi mesmo, nenhum incidente e susto, subimos na grande como pediu o Chiquito e tudo correu bem. Ainda pudemos apreciar a inacabada construção da Golden Gate Latina sobre o rio Madre de Dios:
O destaque ficou por conta do novo relacionamento do Costa desenvolvido durante muitos kms de viagem. Realmente, surgiu algo novo e sincero neste trajeto.
Tocamos pro Acre após toda esta travessia, confissões e revelações emocionais.
Chegamos na fronteira Peru-Acre e foi uma surpresa, o Acre existe e finalmente o conhecemos.
Já em Brasiléia descobrimos que há uma zona franca na Bolívia e decidimos conhecer a tal. Podemos dizer que ao nosso ver foi uma grande perda de tempo, a maioria dos produtos era do tipo "tlinta e tleis" e precisava garimpar muito para achar algo que valia a pena. Saímos de lá como entramos e seguimos em frente.
No caminho paramos para tomar café e comer uma broa de milho com um pãozinho de queijo. Vale a ressalva porque estava tudo delicioso e a cena do Afrânio sentado à porta em uma cadeira de balanço valia a foto.
O resto da viagem até Rio Branco foi bem tranqüila e sem surpresas. A estrada estava muito boa e fora o calor que castigou muito o dia todo não tivemos nenhum desconforto. Chegamos à Rio Branco no começo da noite e fomos buscar logo um hotel e assim findou-se a jornada até Rio Branco.
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